Depois do Carnaval, um pouco de poesia, um pouco de palavras...
Uma agonia de aperrear todos os corações.
Uma vontade louca de gritar,
Do mundo inteiro, poder abraçar.
Ah, braços pequenos tu me deste, meu Deus,
Incapazes nem de abraçar os sentimentos meus!
Ah, voz pouca tu me colocaste,
Somente capaz de fazer o que para ela é praxe!
Raiva é o que tenho dessas palavras
Que dançam, manhosas, belas e apressadas valsas.
Furioso fico eu em não poder agarrá-las!
E trazê-las, prendê-las, domá-las!
Molecas é o que sois, palavras peraltas.
Escondem-vos; tendes é inveja da minha bela amada!
Tendes é desprazer por não seres o motivo
Da minha alegria e dessas minhas palavras.
Sois vingativas; agora é que nenhuma de vós me vem!
Não valeis, nem mesmo, um só vintém.
Somente porque falei essas grandes verdades
É que, agora, aumentas e enlouquecem-me esses teus velozes vai-e-vem.
Se eu fosse vós, palavras caprichosas,
Saía logo desses esconderijos idiotas.
E viria, até aqui, agora!
Para que possais ver as próximas auroras.
Se não vou jogar todas vós
Naquele abrigo que vive, sempre, a sós,
Empoeirado e à espera de alguém que, como eu,
Quer juntar as idéias nas palavras
Pra expressar todo o amor pelo grande amor seu!
Inté...
inspirado mesmo.
Agora não apareçam não!
Ei, adorei ;)
:)
muito bom!
beijos