Importa o MEU

Parece tema de redação. Quem dera. Mais uma vez, o aborto venceu. Agora, na Cidade do México. A idéia: vamos eliminar esses "probleminhas" da nossa vida.
Num mundo banal, de gozo banal, de felicidade fabricada e relativização gritante, matar é questão de escolha, livre arbítrio. Afinal, já que esse "ser" indesejado está na barriga de alguém e não foi chamado para estar lá, nada mais "lógico" do que despejá-lo.
Nada mais importa senão a MINHA felicidade, o MEU desejo, a MINHA vida! MEU, MEU, MEU! Se o MEU desejo é matar alguém inocente, então MEU desejo é uma ordem. Ele que se dane e vá parar numa lata de lixo de hospital.
O que está no lixo é a nossa sociedade, refém de um individualismo bárbaro, que se arvora em se dizer livre, mas não entende que liberdade está ligada à responsabilidade. Por enquanto, são os fetos, depois os "inválidos", e depois? Depois eu mato quem atrapalhar a MINHA felicidade.
Inté...

4 Responses to “Importa o MEU”

  1. # Anonymous Anônimo

    sempre radical, né, gabriel? ^^

    o fato é que tudo na nossa vida é questão de escolha mesmo, sim. o aborto, como parte da nossa vida, também. E a eutanásia, também.

    dizer que quem aborta só pensa em si, eu digo que é falar sem conhecimento de causa. cada pessoa toma suas decisões baseadas em muitas variáveis, não só no próprio desejo. é muito fácil generalizar a sociedade dessa forma, como qnd vc falou da camisinha.

    não acho que a sociedade esteja caminhando pra o "descarte" dos "inválidos", e assim por diante. pelo contrário. hoje, apesar de tudo, as pessoas que têm deficiência, física ou mental, são muito melhor cuidadas e integradas. claro que ainda se tem muito o que fazer.

    eu penso que generalizar sobre temas tão polêmicos, não é bem a saída. mas isso é meu ponto de vista. acho que a nossa sociedade, apesar de nos revoltar tanto, merece uma observação e análise mais cuidadosa, pq se sempre generalizarmos tudo, tudo vai perder o sentido.

    beijos!

    P.S. Comentei pq vc disse que queria mesmo que quem discordasse comentasse. ;)  

  2. # Anonymous Anônimo

    é muito polêmico pra responder por um comentário...
    as expressões faciais me são tolhidas.

    masss..enfim..fico pela linha da garota aí de cima..tenho um ponto de vista diferente mas que dá na mesma resposta.
    o título é.."importa o meu"..e de fato, é meu não é?

    vc por acaso, se não tivesse condições de criar(físicas, psicológicas, financeiras, culturais), daria algo seu, que saiu do seu ventre, ao mundo?
    esse que a gente vê hoje?

    sinto muito. eu, com dor de alma feminina (não é o seu caso) não daria de jeito nenhum.


    mais uma vez pra polemizar né?


    um xero gabriels!
    obs: um milagre aconteceu..vc entrou no meu fotolog, e veja que interessante... você comentou!glóriaaa!

    Bia.  

  3. # Blogger Raissa Alencar

    Polêmico mesmo...

    No ano passado, esse assunto foi tema de algumas aulas de religião lá no colégio...

    Antes dessas aulas, o aborto, para mim, era aceitável só no caso de estupro. Porque tipo, deve ser horrível ter dentro do seu ventre um ser que lhe faz lembrar algo horrível que aconteceu com você. Seria repugnante. Aí, os vídeos que eu vi nas aulas meio que mostravam como era feito o aborto de quatro meses. Um ser humano sendo dilacerado, as partes do corpo sendo sugadas e tal.. Caramba... Tenho que admitir que foi muito chocante,, Aí deu aquele “click”, caiu a ficha. Eu me liguei que o aborto tira a VIDA de uma pessoa.

    Então, por mais difícil e doloroso que seja gerar uma criança que não foi fruto do seu amor por alguém, acho que isso deve ser feito pela VIDA, mesmo que depois você dê essa criança para outra pessoa cuidar.

    O que importa é não tirar a chance que outra pessoa tem de VIVER.

    Beijo Gabriel! Foi bom te ver na missa!! ;D  

  4. # Anonymous Anônimo

    Existe um tema de estudo em Biologia chamado a origem da vida. Há também práticas profissionais como fecundação in vitro e pesquisas com células-tronco. Todas essas abordagens são ainda incompletas por se tratarem da vida. O que é a vida? Não temos uma definição clara e unânime.

    Nenhum humano é digno do poder da vida. Contudo, nos foi concedido o dom de gerar novos colonizadores do planeta. E não é difícil: basta dar um leve sopro no barro modelado de qualquer forma e gosto. Está pronto! Em nove meses a cegonha entregará.

    O nascimento de um filho não é mais uma etapa de construção da família. É uma moda: um casal tem filhos porque outros têm. Está difundida por todo o mundo. Como as pessoas têm a habilidade de quebrar regras e inventar tendências, se um ser esperto espalhasse o hábito de não procriar, por maior conforto egoísta, talvez, a humanidade pudesse sumir. Seria uma moda inconveniente para o prosseguimento da vida dita inteligente. Não acredito que isso venha a ocorrer. Até hoje não houve registros de uma epidemia de insanidade universal...

    Costumo tratar com freqüente ironia o humano como ser inteligente. É inteligente sim (!), mas sem controle e noção de conseqüências.

    A vida não pode ser controlada! E a única conseqüência natural da vida é mais vida! Por que esse processo de erradicação? É tão ruim assim ver alguém semelhante? Alguém com mãos aptas para fazer carícias; alguém com boca fonte de carinho; alguém que pode alegrar outrem. E respondeis que essas pessoas são raras? Não são. Falamos de capacidade. Não é clichê dizer que todos têm o mesmo potencial. É, sim, uma verdade incompreendida ou inaceitada. Quem me dirá o motivo?

    Mataram um feto! Mataram outro! Mataram vários!
    “E daí? Não foi a mim q mataram, não me incomodo. Eram apenas fetos, não eram alguém importante, ninguém gostava deles.”
    Mas seriam importantes e teriam o amor de muitos. Alguns trariam diversão, outros trariam conhecimento, outros trariam a Boa Nova. Já nasceram muitos descobridores de curas, muitos idealizadores de projetos, muitos bons. Morreram antes de realizar suas obras.

    Por que eu disse isso? E se meus pais tivessem caído na moda? Eu teria sido abortado. Viveriam sem mim. Haveria um buraco em meus amados.

    Pense numa pessoa muito querida. E se ela tivesse sido abortada?
    É, não foi. Que bom!
    Procure a foto de um desconhecido feto-lixo morto e observe. Depois liste em quem ele deixou buracos. O papel está vazio. Afinal, são buracos vazios.
    Traga o feto de volta. Não pode? Então, pra que Você o abandonou?!
    Olhe para o papel. Agora já podes escrever o teu nome. Mas não escreva ainda.

    Não temos o poder da vida. Não temos o direito da vida alheia. Temos Vida? O que é a Vida? Como é a Vida? Mostre-me aquela definição clara e unânime que ninguém deu. Muito bem! Você me mostrou o papel em branco. Agora, sim, escreva o teu nome na Vida.  

Postar um comentário