Volta a nossa campanha Adote um jornalista! Mais uma vez, em seus ímpetos de correria em busca dos furos, um jornalista do globo.com furou a gramática. Adote um e ensine-o a escrever, inclusive, eu!

Também pudera, o coitado do jornalista já deve estar tão traumatizado com notícias de avião que, só de ouvir falar de um, já grita "ai". Daí o neologismo...

Fazia algum tempo que eu estava sem escrever. Mas, vejam só, eis que os meios de comunicação me dão mais e mais pautas. Bem, vamos lá, música de suspense e época medieval...

A Igreja publicou um documento reafirmando, repito, REafirmando, algumas questões doutrinais. Em busca de notícias fáceis e se aproveitando da péssima formação católica que o mundo tem, a imprensa se armou e partiu para o combate contra a Igreja.

Claro que, alguns POUCOS jornalistas conhecem, desde 2000, os documentos que já tratavam deste tema, mas, por falta de assunto, preferiram jogar lama no ventilador. Claro que alguns estudiosos conhecem as verdades da fé proclamadas nestes documentos, mas, com medo de ficar ao lado de uma instituição apedrejada, preferiram posar de preocupados com o ecumenismo.

Ecumenismo? A CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil), expôs sua opinião sobre o tema. http://www.conic.org.br/index.php?system=news&news_id=486&action=read. Sabe quem está de acordo com o que a Igreja falou? Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil.

Ecumenismo não é mascarar sua identidade tendo em vista o diálogo, mas, respeitando e dialogando com outras confissões, afirmar sua identidade em busca dos pontos comuns. É claro que poucos vão ler, afinal, é melhor ler Dan Brown e acreditar na bobagem literária dele, do que esclarecer-se com fundamentos; mas, quem quiser, aí vão documentos importantes:

Os Estados Unidos promoveram mais um concurso "importantíssimo": quem come a maior quantidade de hot-dogs. Joey Chestnut se converteu no novo herói nacional. Ele comeu 66 cachorros-quentes em 12 minutos e venceu o jogo.

Para se ter uma idéia da grandeza do evento, o jornal "The New York Times" escreveu uma reportagem comentando seu feito, no qual afirma que o novo "rei dos hot dogs" é um herói nacional. No dia do torneio, que foi transmitido ao vivo para todo o país, os jornalistas que cobriam o evento afirmaram que a vitória de Chestnut "poderia ser o mais importante momento na história do esporte norte-americano".

Olhando assim, parece que tudo é normal. Normal alguém forçar comer 66 sanduíches quando a cada 3,5 segundos alguém morre de fome? Permita-me não achar normal. Cerca de 815 milhões de pessoas no mundo passam fome.

A cada 3,5 segundos, 1 pessoa morre de fome. Enquanto Joey gastava 12 minutos comendo, 205 pessoas morriam famintas. Enquanto se ouviam as palmas e gritos alegres na "festinha", o silêncio da fome consumia milhões.

Luís Carlos Santos, 45 anos, trabalhava há dois meses como jornaleiro. Anunciava o produto aos gritos. Um técnico em eletrônica sentiu-se incomodado com os gritos. Disparou contra o jornaleiro. Luís Carlos morreu com um tiro no rosto. Tudo simples assim.

Diga-me o que dizer.