Escada rolante

Era de meia idade (isso não diz nada), caminhava sorridente pelo Plaza com dois filhos. Eles, mais à frente, não pensaram duas vezes: subiram a escada rolante como se aquilo fosse qualquer planície. Ela parou. Olhou para aquele negócio estranho que sobe e ficou inerte. Um filho apareceu mais atrás e tentava fazê-la subir naquele, digamos, disco voador.

A esta altura, os dois que subiram já estavam no alto, sentido o cheiro do Big Mac. Ela, lá de baixo, olhava apavorada, braços cruzados e parecia se enfiar entre os ombros, com o pescoço submerso entre eles. Não subiu. Atrás da senhora, uma filinha se formava.

Fato real.

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