Calor. A gente vê por aqui.
Olhos prum lado. Olhos pro outro. Atravessa. Lá de longe avista-se um carro em velocidade infinitamente invariável. Apressa-se o passo, enquanto se calcula quanto tempo ele vai levar para atingir o corpo móvel que desfila pela avenida. Chega-se ao outro lado.
Com o indicador, afasta-se o pingo de suor na testa, resultado de um calor calorento.
Com o indicador, afasta-se o pingo de suor na testa, resultado de um calor calorento.
Era de meia idade (isso não diz nada), caminhava sorridente pelo Plaza com dois filhos. Eles, mais à frente, não pensaram duas vezes: subiram a escada rolante como se aquilo fosse qualquer planície. Ela parou. Olhou para aquele negócio estranho que sobe e ficou inerte. Um filho apareceu mais atrás e tentava fazê-la subir naquele, digamos, disco voador.
A esta altura, os dois que subiram já estavam no alto, sentido o cheiro do Big Mac. Ela, lá de baixo, olhava apavorada, braços cruzados e parecia se enfiar entre os ombros, com o pescoço submerso entre eles. Não subiu. Atrás da senhora, uma filinha se formava.
Fato real.
A esta altura, os dois que subiram já estavam no alto, sentido o cheiro do Big Mac. Ela, lá de baixo, olhava apavorada, braços cruzados e parecia se enfiar entre os ombros, com o pescoço submerso entre eles. Não subiu. Atrás da senhora, uma filinha se formava.
Fato real.